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Resumo semanal: energia solar é responsável por 50,96% do crescimento da capacidade instalada brasileira em 2024

Confira essa e outras notícias da semana de 25/11 a 01/12

Brasil

Consumidores receberão R$ 1,3 bilhão em bônus da energia de Itaipu na conta de luz em 2025

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou a destinação de R$ 1,3 bilhão do bônus de comercialização da parte brasileira da Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, para consumidores residenciais e rurais cujo consumo mensal foi inferior a 350 kWh em 2023. Mais de 78,3 milhões de unidades consumidoras, representando 97% do total dessas categorias no país, serão beneficiadas com um crédito médio de R$ 16,66 na fatura de energia elétrica de janeiro de 2025. 

O valor do bônus será calculado com base no consumo médio de energia elétrica de cada cliente ao longo de 2023. O cálculo será uma multiplicação do montante de energia (em kWh) nos meses em que o consumo foi inferior a 350 kWh, pela quantidade de meses e o valor do kWh estabelecido pela ANEEL de R$ 0,011648844. Portanto, por exemplo, uma família que consumiu uma média de 100 kWh por mês em 2023 terá um desconto de R$ 13,97.

Aneel anuncia bandeira verde para dezembro 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que a bandeira tarifária para dezembro de 2024 será verde, o que significa que não haverá cobrança adicional nas contas de luz. Essa decisão foi tomada devido à intensificação do período chuvoso nas últimas semanas, que melhorou as condições de geração de energia hidrelétrica, reduzindo a necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que possuem custos de produção mais elevados.

Anteriormente, em novembro, vigorava a bandeira amarela, que adicionava R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Com a mudança para a bandeira verde em dezembro, esse adicional será eliminado, proporcionando alívio financeiro aos consumidores. A ANEEL destacou que o sistema de bandeiras tarifárias permite uma comunicação transparente com a sociedade sobre o consumo eficiente e os custos reais da energia elétrica. 

Consumo de energia cresce 2,1% em outubro, impulsionado por temperaturas altas e setor industrial

Artigo publicado pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), declarou que em outubro de 2024, o consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 2,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 71.613 MW médios. Esse crescimento foi impulsionado por temperaturas acima da média nas regiões Norte, Sudeste e Sul, que elevaram o uso de equipamentos de refrigeração, além de um desempenho econômico positivo em diversos setores.

No mercado regulado, que atende principalmente residências e pequenas empresas, houve um aumento de 1,2% no consumo, enquanto o mercado livre, composto por indústrias e grandes empresas, registrou um crescimento de 3,5%. Entre os setores monitorados, destacaram-se a indústria automotiva, com alta de 10%, manufaturados diversos (9,2%) e saneamento (7,2%). Regionalmente, o Maranhão liderou o aumento no consumo, com 10,5%, seguido por Santa Catarina (9,3%) e Amazonas (5%). 

Mundo

China lidera transição energética global com investimentos recordes e domínio em renováveis

Artigo publicado pelo Energy Digital analisou como a China tem alcançado o papel de liderança mundial em renováveis. Segundo artigo, o país tem se destacado como um dos principais líderes na transição global para a energia limpa, impulsionada por investimentos maciços, capacidade industrial e políticas de apoio. Em 2022, o país destinou cerca de US$ 546 bilhões a setores como energia solar, eólica, veículos elétricos (EVs) e produção de baterias, representando quase metade do investimento mundial em tecnologias de baixo carbono. A China produz aproximadamente 80% dos painéis solares do mundo e mantém posições dominantes na fabricação de turbinas eólicas e baterias de lítio para EVs, graças à sua capacidade de criar cadeias de valor integradas e altamente eficientes, reduzindo custos e democratizando o acesso a tecnologias renováveis.

Internamente, metas ambiciosas, como atingir o pico de emissões de carbono antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060, têm acelerado a adoção de tecnologias verdes no país. Em 2023, a capacidade solar adicionada pela China foi equivalente ao total instalado no resto do mundo no ano anterior, evidenciando seu ritmo acelerado de transição. Embora seu modelo, baseado em grandes subsídios governamentais, tenha gerado críticas de países ocidentais por práticas de mercado desleais, os investimentos chineses em energia limpa são essenciais para o avanço global da descarbonização, posicionando o país como peça-chave na transição energética mundial.

Destaque da semana

Energia solar é responsável por 50,96% do crescimento da capacidade instalada brasileira em 2024

Segundo artigo do Ministério de Minas e Energia (MME), a energia solar foi a protagonista da expansão da matriz elétrica brasileira em 2024, respondendo por 50,96% dos 9.273 MW adicionados ao sistema elétrico nacional. Este crescimento reflete a instalação de novas usinas e o avanço expressivo da Micro e Minigeração Distribuída (MMGD), que ultrapassou 33,8 GW de capacidade instalada. Ao longo do ano, foram concluídas 245 usinas em diferentes regiões do país, consolidando a liderança da energia solar como motor da diversificação energética brasileira.

Além do desempenho da energia solar, a fonte eólica também teve um papel significativo, representando 39,93% do crescimento da capacidade instalada em 2024. O setor eólico incorporou 114 novas usinas à matriz energética, reforçando a posição do Brasil como um dos líderes globais em geração de energia limpa. Os investimentos totais na expansão do setor elétrico brasileiro alcançaram R$ 42,32 bilhões, evidenciando o compromisso do país em modernizar sua infraestrutura e fortalecer a segurança energética.

Publicado em 02 de dezembro de 2024

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