Confira os principais acontecimentos do setor de energia na semana (14 a 18/10)
Inauguramos hoje o nosso resumo semanal, um compilado de notícias que trará, toda semana, as atualizações mais relevantes do mundo da energia, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. O objetivo é manter nossos leitores informados sobre as principais mudanças, inovações e desafios no setor energético. De atualizações do setor a investimentos em energias renováveis, passando por políticas públicas e iniciativas de grandes empresas, este espaço será dedicado a fornecer uma visão ampla e detalhada do que está acontecendo e como isso impacta o futuro da energia.
Um estudo realizado pela EPE (Empresa de Pesquisas Energéticas) e coordenado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e divlugado Caderno de Demanda e Eficiência Energética, apontou que o consumo de energia no Brasil deverá crescer cerca de 3,4% ao ano, chegando a um consumo total de 870TWh em 10 anos. O estudo destaca que haverá aumento do consumo de eletricidade na indústria (que será o segundo maior setor em demanda de energia, com 31%) em detrimento do consumo de derivados da cana, muito por conta do aumento de uma maior participação de indústrias mais eletrificadas.
Também haverá aumento no consumo de eletricidade no setor de transportes, por conta de maior adoção de frotas elétricas; e em edificações, que deverá representar cerca de 53% do consumo elétrico no país, com destaque para as residências (26%) e para o setor comercial (20%). Aumento que será impulsionado pela adoção de mais equipamentos elétricos, sobretudo de aparelhos para condicionamento de ar.
Matéria divulgada pela Agência de Notícias do IBGE, destacou que a presença da bandeira tarifária vermelha na energia elétrica, no mês de setembro foi o item de habitação que mais contribuiu para o aumento de 0,46 ponto percentual (p.p.) IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) que chegou a 0,44% em setembro. A volta da bandeira vermelha patamar 1, adicionou R$ 4,46 a cada 100 kWh na conta dos brasileiros. O aumento nas tarifas reflete, em parte, as secas que afetam o nível de reservatórios, elevando a dependência de termelétricas, que são mais caras e poluentes, afetando a inflação geral e os custos de produção no país
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Apagão que começou no dia 11 de outubro após fortes chuvas, deixou parte de São Paulo sem energia gerou perdas próximas de de R$ 2 bilhões no comércio e serviços, segundo reportado pela FecomercioSP. Já na terça-feira (15/10), o varejo já acumulava perdas de R$ 589 milhões devido à paralisação das operações, e o setor de serviços sofreu um impacto ainda maior, com R$ 1,2 bilhões em prejuízos. Segundo André Sacconato, assessor econômico da FecomercioSP, o prejuízo pode ser ainda maior, dado que o cálculo apresentado não leva em conta perdas de estoque, por exemplo. Em coletiva de imprensa na quinta-feira (17/10), o presidente da Enel, Guilherme Lencastre, reportou que 100% dos serviços haviam sido reestabelecidos.
O ocorrido gerou grandes discussões no âmbito político sobre o planejamento energético de grandes centros frente a eventos climáticos, e alternativas para se proteger contra o problema, como o armazenamento de energia.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira, 16 de outubro, durante entrevista coletiva em Brasília que o horário de verão não será adotado este ano. “Ontem à noite e hoje, na última reunião com o Operador Nacional do Sistema Elétrico [ONS], chegamos à conclusão de que não há a necessidade da decretação do horário de verão para esse período, para esse verão”, declarou Silveira.
Silveira ressaltou que o custo-benefício de adotar o horário de verão agora não seria muito relevante para o consumidor, uma vez que o pico de melhor aproveitamento da medida acontece nos meses de outubro e novembro. Segundo o ministro, outro fator que eliminou a necessidade de adoção do horário de verão foi a gestão dos recursos hídricos, mesmo diante da pior seca desde 1950. Embora descartado para esse ano, Silveira reconheceu que o tema poderá ser rediscutido em 2025, nos momentos de sobrecarga na ponta ou transição energética.
O Google assinou um contrato de compra de energia nuclear produzida em múltiplos pequenos reatores modulares (da sigla em inglês, SMRs). O contrato foi assinado com a empresa Kairos Power, que será responsável pela implementação dos reatores e vai disponibilizar cerca de 500 MW de eletricidade para as operações da empresa, o que inclui alimentação de datacenters e novas aplicações de IA (inteligência artificial).
O Google ainda destacou que esse contrato, em complemento com as fontes solar e eólica já adotadas, é parte dos esforços para desenvolver e comercializar novas fontes de energia limpa e renovável para as necessidades atuais e futuras da sua operação, o que permitirá a companhia alcançar o objetivo de ter fontes de energia com alta disponibilidade (24/7) sem emissão de carbono.
Outra Bigtech que está apostando em novas tecnologias para geração de energia nuclear é a Amazon. Em conjunto com outros investidores a empresa americana aportou 500 milhões de dólares na empresa X-energy para desenvolvimento e licenciamento de novos reatores modulares. O investimento vai contribuir para atender as demandas energéticas da empresa. As empresas planejam disponibilizar 5GW de capacidade instalada nos EUA até 2030.
Segundo o vice presidente de Data Centers da Amazon, Kevin Miller, a tecnologia desenvolvida pela X-energy será importante para atender a crescente demanda por geração de energia livre de carbono da companhia. Ele também citou a parceria irá ajudar a Amazon a alcançar o seu objetivo de ser uma empresa livre de emissões de gases de efeito estufa até 2040.
O governo federal aprovou um projeto de hidrogênio verde de R$ 17,5 bilhões na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Pecém, Ceará. Embora o anúncio tenha ocorrido na quinta-feira (10/10), esse é o maior projeto de produção de hidrogênio verde em larga escala do país e, por isso, mereceu destaque nesse primeiro resumo semanal.
O projeto integra o esforço brasileiro de se tornar um polo global na produção e exportação de hidrogênio verde, uma alternativa limpa aos combustíveis fósseis. Com capacidade de produção de 1,2 gigawatts (GW), por ano, podendo chegar a 2,1 GW em uma possível segunda fase do projeto, o investimento será feito pela empresa australiana Brasil Fortescue Sustainable Industries Ltda, e terá como contrapartida um investimento mínimo em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e utilização de bens e serviços de origem nacional do processo produtivo.
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